Muitos de vocês já foram à praia, e gostam de boiar na superfície, calmamente, enquanto enquanto curtem o sol e refrescam o corpo nas águas acolhedoras. Também já devem ter tido aquela sensação, aquele pensamento que por vezes nos acompanha, de que há algo lá no fundo, nas águas escuras por baixo do nosso corpo, que nós observa atentamente...
Numa situação dessas daríamos qualquer coisa para que não fossem um Carcharodon megalodon que estivessem chegando em nossa direção
O maior carnívoro que já existiu viveu, provavelmente, entre 20 a 16 milhões de anos atrás. A sua recente popularidade deve-se, em grande parte, a vários romances que propõe que a espécie não está extinta. Proposta essa, que também partiu de alguns Criptozoólogos que acreditam, quase que com total certeza, na atual existência do tubarão.
As únicas provas que temos da sua existência são os dentes, vértebras e esqueletos parciais encontrados. Tal como os atuais tubarões, o esqueleto do Megalodon era principalmente constituído por cartilagem, por isso é bastante difícil encontrar fósseis deste tipo de animais. A maioria dos dentes encontrados assemelha-se em grande parte aos do moderno tubarão-branco (Carcharodon carcharias), com diferença simplesmente no tamanho, já que os do Megalodon são muito maiores. Quanto ao seu tamanho, apesar das divergências, pensa-se que medisse mais de 15 metros de comprimento, pesando cerca de 35 toneladas.
Os fósseis foram descobertos em sítios muito variados: Europa, Malta, América do Norte e do Sul, Japão, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Índia. Na altura em que o Megalodon viveu, os oceanos eram muito mais quentes do que são na atualmente, por isso é possível encontrar vestígios da sua existência em regiões que hoje não sejam banhadas por águas quentes.
Pensa-se que o Megalodon se alimentava principalmente de baleias primitivas e que as caçava de um modo semelhante ao do atual tubarão-branco, ou seja, seguia a presa por baixo, até que, numa subida inesperada atacava o animal com uma única dentada, que devia ser muitas vezes fatal.
A comunidade científica concorda que a extinção do Megalodon se deveu a bruscas alterações climáticas e geológicas: no final do Plistocênico muitas espécies de baleias migraram para os pólos e para outras zonas de águas mais frias, ficando fora do alcance do Megalodon. Posteriormente, na Primeira Idade do Gelo, o congelamento das águas fez com que as correntes marítimas se alterassem , resultando num recuo do nível das águas do mar em diversos locais que serviam de habitat ao Megalodon.
Muitos cientistas, seguindo vários avistamentos de tubarões gigantes, um pouco por todo o mundo, defendem a ideia de que o Megalodon não desapareceu do nosso mundo e continua a nadar nas profundezas dos mares. É justamente aí que entra aCriptozoologia.
A prova mais conhecida e aclamada, por assim dizer, que muitos usam como base para sustentar uma possível atual existência do Megalodon, foi a descoberta de dentes de tubarão de dimensões muito semelhantes às do Megalodon, mas que, ao contrário de todos os outros dentes encontrados, estes não apresentavam as características marcas de fossilização.
«Se os Megalodon viveram até à 10000 anos atrás, porque não até aos dias de hoje?».
É esta a principal interrogação que os Criptozoólogos utilizam como fundamento. Há, no entanto, o contraponto. Isto é, muitos cientistas, depois da análise química e dos estratos geológicos onde foram encontrados esses dentes "frescos", concluíram que esse aspecto apenas se deve aos vários minerais que os rodeavam, conferindo-lhes um aspecto "menos fossilizado".
Há ainda, as provas circunstanciais das testemunhas oculares. Existem vários relatos de "um tubarão descomunal, com tonalidades brancas e azul e noutras ocasiões amarronzados com pequenas manchas na pele". Uma leitura atenta desses relatos mostra que muitos desses alegados "encontros" foram meras confusões com um animal bastante conhecido hoje: o tubarão-baleia, o maior tubarão existente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário